Quem vê a foto acima pode até imaginar que se trata apenas de mais uma avó descolada, daquelas que dividem as mesmas drogas com os netos ou se acabam na academia e têm um namorado 30 anos mais novo. Não. Esta não é qualquer “senhora”. É Debbie Harry.
Nascida em Miami, Debbie cresceu em Nova Jersey, mas foi quando se mudou para Nova York, no final dos anos 60 que sua vida mudou. Lá, ela foi secretária, atendende do Dunkin’ Donuts e garçonete, até começar a sua carreira musical. E, com a sua terceira banda, em meados dos 70’s, ela conheceria a fama e o sucesso em todo o globo. Nascia o Blondie.
Frequentadora assídua do Studio 54, amiga de Andy Warhol, seu estilo era invejado e imitado por todas (e todos também!). O som do Blondie originava-se no punk, a grande referência da década de 70, e fazia a passagem para o new wave, que dominaria a década seguinte.
O Blondie era novo, era cool, era rock, era disco. Com sintetizadores dominando em Call Me ou com o primeiro rap a chegar ao número 1 da parada da Billboard, Rapture, ninguém na virada para os anos 80 soava como eles.
Com uma carreira solo de menor expressão, após o término da banda, Debbie continuou fazendo abarrotadas apresentações e participações no cinema como em Hairspray (1988), no papel que no remake do filme, no ano passado, parou nas mãos de Michelle Pfeiffer, e em Minha Vida Sem Mim (2003).
Em 1999, ela voltou com a banda, fazendo um retorno digno, de onde saíram o hit Maria e a deliciosa Good Boys. Mais um álbum com o grupo depois, Debbie lançou Necessary Evil, em 2007, de novo em carreira solo, vendendo pouco, mas provando que ainda sabe fazer canções de deixar muitas Avril Lavignes da vida enrubescidas de vergonha.
Hoje, a rainha do punk e também a inspiração máxima da rainha do pop, Madonna (como a própria já cansou de admitir), faz 63 anos. De couro e pulando no palco, como em Detroit 442, ou fazendo cara de tédio em seu vestido verde de seda, como em Heart Of Glass, Debbie Harry é incomparável e uma lenda do rock’n’roll.